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Quando o sucesso nos afasta de nós mesmos: ansiedade e o chamado à cumplicidade humana

o sucesso que nos afasta de nós mesmos e a ansiedade

Em muitos momentos da vida, eu me peguei correndo atrás de resultados, de metas e de expectativas externas — e, no fundo, sentindo uma angústia silenciosa que me acompanhava mesmo depois das conquistas. Hoje, compreendo que essa angústia tem nome: ansiedade.

Vivemos em uma era em que o sucesso se tornou uma cobrança constante.


Ser produtivo, útil, reconhecido e eficiente parece ser o único caminho aceitável. Mas, nesse percurso, algo precioso se perde: o contato humano real, aquele em que não precisamos provar nada, apenas compartilhar presença. Percebo que, para muitas pessoas, o mundo se transformou em uma sequência de ambientes de utilidade: reuniões, redes sociais, números, resultados. Lugares onde a aprendizagem, o crescimento, a empatia e a compaixão vão sendo sufocados pelo peso da performance.


A ansiedade, nessas horas, não é apenas um incômodo: ela é um aviso importante. É o corpo e a mente gritando que a vida não precisa ser medida apenas por utilidade.


O impacto psicológico da cobrança pelo sucesso


O DSM‑5 descreve a ansiedade generalizada como uma preocupação excessiva e persistente que interfere no funcionamento diário. Quando essa preocupação está atrelada ao medo de falhar, de não ser suficiente ou de decepcionar, ela assume formas silenciosas e insidiosas:


• Dificuldade de relaxar, mesmo em momentos de lazer;

• Sentimento constante de estar “devendo algo” a alguém;

• Dificuldade em estabelecer vínculos espontâneos, porque o foco está sempre no “resultado” da interação;

• Desconexão emocional consigo mesmo e com os outros.


O Aaron Beck, pai da Terapia Cognitivo-Comportamental, já nos alertava que nossas crenças centrais moldam a forma como interpretamos o mundo. Quando carregamos esquemas de autoexigência — como “eu só sou digno se for bem-sucedido” — cada pausa parece uma falha, e cada relação que não traz retorno imediato parece inútil. Essa lente cognitiva alimenta a ansiedade, transformando a vida em uma corrida sem linha de chegada.


A Brené Brown, por outro lado, nos oferece uma chave libertadora: “Quando a vida se torna uma vitrine de conquistas, nos desconectamos da vulnerabilidade — e é justamente ela que abre espaço para a empatia e a verdadeira conexão.” Ou seja, a ansiedade muitas vezes é o alarme interno que indica que estamos longe daquilo que realmente importa: a cumplicidade com as pessoas e com nós mesmos.


Resgatando o sentido e a cumplicidade


Quando nos damos conta disso, podemos começar uma transformação silenciosa: sair da lógica do fazer para valer e voltar ao ser para viver. Isso não significa abandonar projetos ou deixar de buscar crescimento, mas sim incluir o humano em cada passo:


• Permitir-se momentos de presença plena com quem amamos, sem pensar em utilidade ou produtividade;

• Reconectar-se com atividades que alimentam a alma, como arte, natureza e espiritualidade;

• Aceitar nossa vulnerabilidade, reconhecendo que não precisamos ser perfeitos para sermos amados;

• Buscar ambientes onde haja escuta, aprendizagem e trocas reais, em vez de apenas cobrança e competição.


A ansiedade, nesse contexto, torna-se um convite à reorganização da vida. Ela nos alerta que a alma precisa respirar.


Um convite para você


Se ao ler estas linhas você sentiu que algo tocou o seu coração, talvez seja hora de ouvir esse chamado. A ansiedade não é apenas inimiga; muitas vezes, é mensageira. Ela mostra que há algo em nós pedindo pausa, vínculo, sentido.


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