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O Corpo que fala: manifestações físicas da ansiedade e a importância de escutá-las

o corpo que fala

Muitas vezes, antes mesmo de reconhecer a ansiedade em meus pensamentos, foi o meu corpo quem me avisou que algo não estava bem. Uma dor insistente no estômago, a tensão nos ombros, a dificuldade de respirar fundo. O corpo fala — e, na ansiedade, ele fala muito.


Na clínica, encontro diariamente pessoas que chegam relatando sintomas físicos, acreditando tratar-se apenas de questões médicas, mas que, ao olharmos mais de perto, estão profundamente relacionados ao estado de alerta da mente. Essa desconexão entre o que pensamos e o que sentimos no corpo é um dos motivos pelos quais a ansiedade pode passar despercebida durante tanto tempo.


Quando o corpo dá sinais


O DSM-5 já nos mostra que a ansiedade não é apenas mental: tensão muscular, fadiga e distúrbios do sono estão entre os critérios diagnósticos. Mas além disso, há um leque enorme de manifestações físicas que costumo observar:


• Problemas gastrointestinais: dor abdominal, gastrite e até crises de intestino irritável;

• Tensão muscular e dores crônicas: principalmente em ombros, pescoço e mandíbula;

• Palpitações e falta de ar: sintomas que muitas vezes levam à emergência médica;

• Queda de cabelo, alterações na pele: como acne ou urticária relacionadas ao estresse;

• Alterações imunológicas: pessoas ansiosas podem adoecer com mais frequência.


Como descreveu o psiquiatra Aaron Beck, fundador da Terapia Cognitivo-Comportamental, “os pensamentos ansiosos desencadeiam reações físicas tão intensas que muitas vezes parecem independentes da mente”. Essa integração mostra que corpo e mente não estão separados — eles dançam juntos.


A psicossomática e o diálogo com a neurociência


A psicossomática nos ajuda a entender que sintomas físicos podem ser mensagens psíquicas não elaboradas. A neurociência aprofunda essa visão: quando a amígdala cerebral identifica perigo, mesmo que simbólico, ativa o sistema nervoso autônomo, que dispara adrenalina e cortisol. Esses hormônios, em excesso, explicam desde as mãos suadas até as dores de estômago.

Ou seja, não é “coisa da sua cabeça”: é coisa do seu organismo inteiro respondendo a um estado emocional.


A importância de escutar o corpo


A Brené Brown costuma dizer que “o corpo guarda a conta de tudo aquilo que tentamos ignorar emocionalmente”. Eu gosto muito dessa ideia, porque vejo diariamente como dores crônicas e sintomas persistentes melhoram quando a pessoa aprende a escutar sua ansiedade em vez de apenas silenciá-la. Escutar o corpo significa:


• Notar quando a tensão nos ombros anuncia um acúmulo de preocupações;

• Reconhecer quando o estômago fechado revela medo ou insegurança;

• Perceber que a insônia pode ser o corpo pedindo uma pausa, e não apenas uma falha do sono.


Um convite ao cuidado integral


A ansiedade, quando ignorada, se infiltra no corpo e pede espaço. Mas quando escutada, ela pode se transformar em guia para mudanças de vida, novos ritmos e maior cuidado de si.


Que tal começar a escutar o que seu corpo tem a dizer?

Na psicoterapia, criamos esse espaço seguro para traduzir os sinais físicos em compreensão emocional, ajudando você a aliviar sintomas e recuperar o equilíbrio entre corpo e mente. Se você sente que o seu corpo tem falado alto demais, talvez seja o momento de ouvir essa mensagem com carinho. Clique no botão abaixo e fale comigo agora mesmo.




 
 
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