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Como será a fiscalização da NR-1 em 2026: o que as empresas precisam saber para evitar riscos legais e emocionais

fiscalização da NR-1

      A partir de maio de 2026, a fiscalização da NR-1 passará por um processo de fortalecimento e maior rigor técnico. Isso acontece porque a norma revisada amplia as responsabilidades do empregador e detalha com precisão as etapas do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO). Para a inspeção do trabalho, não bastará mais ter documentos; será necessário comprovar que existe um sistema de prevenção vivo, atualizado e integrado à rotina da organização.

      Paralelamente, a fiscalização tende a observar de forma mais clara os riscos psicossociais, exigindo que empresas demonstrem não apenas que identificaram tais fatores, mas que adotaram medidas reais para mitigá-los. Nesse contexto, a maturidade emocional da liderança e a qualidade das relações internas tornam-se elementos fundamentais para a conformidade.


O que a fiscalização vai buscar a partir de 2026

     

A NR-1 determina que cabe à Inspeção do Trabalho verificar o cumprimento de todos os preceitos legais e regulamentares sobre SST. Isso inclui a análise do PGR, da documentação de treinamentos, dos registros de medidas de prevenção e do inventário de riscos. Os fiscais irão avaliar se os documentos foram elaborados de maneira consistente, se estão atualizados e se refletem a realidade da empresa.

      A fiscalização também analisará se a organização está cumprindo suas obrigações de informar riscos aos trabalhadores, registrar análises de acidentes e implementar medidas corretivas quando necessário. Ou seja, a documentação não pode mais ser genérica ou descolada do cotidiano.


A atenção especial aos riscos psicossociais


     Como a NR-1 exige que o gerenciamento de riscos considere fatores ergonômicos e psicossociais, a fiscalização passará a observar também elementos relacionados à comunicação, organização do trabalho, pressão emocional e liderança. Empresas que ignorarem esses fatores poderão ser questionadas sobre omissões no inventário de riscos ou na classificação dos perigos.

      A ausência de medidas relacionadas à saúde mental ou aos conflitos internos pode ser interpretada como falha de prevenção. Esse ponto será especialmente relevante em contextos de adoecimento emocional, afastamentos ou denúncias de assédio.


Registros digitais: uma exigência que reduz improvisor e aumenta a transparência

     

A NR-1 determina que documentos podem ser armazenados digitalmente, desde que atendam a requisitos de autenticidade, integridade e rastreabilidade. A inspeção terá acesso irrestrito a esses arquivos, o que demanda organizações estruturadas e sistemas organizacionais confiáveis.

      Esse cuidado evita divergências, permite análises rápidas e fornece evidências sobre a manutenção das medidas de prevenção. Entretanto, empresas que não organizam sua documentação digital poderão enfrentar dificuldades durante a fiscalização, especialmente aquelas que ainda trabalham de forma improvisada.


O direito de recusa e seu impacto na fiscalização


      A NR-1 reforça o direito do trabalhador de interromper suas atividades quando constatar risco grave e iminente, devendo informar imediatamente ao superior. A empresa não pode exigir que ele retorne antes da correção da situação. Essa previsão traz responsabilidades adicionais, pois a fiscalização pode avaliar se houve negligência do empregador em relação a esse direito.

      Ambientes onde trabalhadores têm medo de se manifestar ou sofrem retaliações podem ser alvo de investigações mais profundas, já que o clima emocional da equipe também se torna um indicador da maturidade da prevenção.


A liderança como foco indireto da fiscalização


      Embora a NR-1 não mencione diretamente o comportamento das lideranças, a fiscalização acaba observando como esses comportamentos influenciam o cumprimento das normas. Ambientes com tensão constante, comunicação agressiva, retrabalho frequente ou alta rotatividade são sinais indiretos de que o gerenciamento de riscos não está sendo conduzido adequadamente.

      Quando existe baixa maturidade emocional na liderança, aumentam os conflitos e os erros operacionais, o que pode gerar inconsistências entre a prática e o que está registrado no PGR. A fiscalização, ao identificar esse descompasso, tende a exigir ajustes ou aprofundamento das medidas de prevenção.


Evidências de implementação: o que será cobrado na prática


      Para cada risco identificado, a empresa deve demonstrar:

  • a medida de prevenção adotada;

  • o responsável pela ação;

  • o prazo estabelecido;

  • o acompanhamento de resultados;

  • a correção de falhas quando a medida se mostrar ineficaz.


      A fiscalização verificará se essas evidências existem, se estão atualizadas e se foram aplicadas de forma coerente com a realidade. Empresas que apenas "preenchem documentos" encontrarão dificuldades, pois o novo modelo exige prática, registro e maturidade organizacional.


A Ampliar Consultoria ajuda sua empresa a se preparar para uma fiscalização técnica, humana e sem surpresas

      A conformidade com a NR-1 exige clareza, organização e sensibilidade para os fatores emocionais que influenciam a segurança. A Ampliar Consultoria une psicologia organizacional, análise de clima e conhecimento técnico em SST para ajudar sua empresa a construir documentos consistentes, treinar lideranças e implementar medidas que realmente funcionam.

      Preparar-se para a fiscalização é, ao mesmo tempo, preparar-se para um ambiente mais seguro, humano e produtivo.

 

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